António Alberto Banha de Andrade (Montemor-o-Novo, 1915-Lisboa, 1982) frequentou o seminário de Évora e ingressou na Companhia de Jesus, onde estudou Humanidades e Filosofia. Licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas e doutorou-se em História na
![Capa de «Contributos para a história da mentalidade portuguesa», António Banha de Andrade, Imprensa Nacional Casa da Moeda, [Lisboa], 1982 (S.C. 50814 V.)](/images/stories/agenda/2015/banha_andrade_sc-50814-v.jpg)
Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
Foi docente do ensino secundário (particular e oficial) e superior no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Ultramarinas e na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde criou e dirigiu o Centro de Estudos Clássicos (1950), e na qual desempenhou o cargo de diretor do Gabinete de Estudos Filosóficos do Centro Universitário de Lisboa e da revista
Filosofia (1954-1962).
É autor de uma vasta obra de investigação sobre a História e a Cultura portuguesas dos séculos XVI a XVIII, com particular incidência na história religiosa, na história da filosofia, na história da cultura, na história da educação e na história da expansão portuguesa. Da sua obra, destacam-se
Verney e a cultura do seu tempo (1966),
A reforma pombalina dos estudos secundários no Brasil (1977),
Montemor-o-Novo, Vila Realenga (1975) e
Contributos para a história da mentalidade pedagógica portuguesa (1982), bem como a direção do
Dicionário de História da Igreja em Portugal (1980).
Foi membro de diversas instituições científicas, entre as quais o Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, a Academia de Ciências de Lisboa, a Academia Portuguesa de História, de que foi vice-presidente, e a Sociedade de Geografia de Lisboa. Foi ainda membro efetivo da Comissão Científica da UNESCO, onde colaborou no projeto da História Geral de África. Colaborou em diversas revistas portuguesas e estrangeiras, entre as quais a
Brotéria.
Ao longo da sua carreira, recebeu várias distinções, de que se destacam o Prémio do Instituto de Angola (1955), o Prémio Nacional de História (1966) e o Prémio da Fundação Calouste Gulbenkian (1981).