Biblioteca Nacional de Portugal
Serviço de Actividades Culturais
Campo Grande, 83
1749-081 Lisboa
Portugal
Serviço de Relações Públicas Tel. 21 798 21 68
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Horário
2.ª - 6.ª; 09h30 - 19h30
sáb.: 09h30 - 17h30
Folha de sala
Visita guiada por Alice Gago no âmbito da Semana de Ciência e Tecnologia 2021 - 22 nov. - 11h30
Sujeita a
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UIDB/00749/2020 e UIDP/00749/2020


Contrato de subvenção N.º 819734
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Um arquivo, doze documentos
DESTAQUE | maio '21 - abr. '22 | Sala de Referência | Entrada livre
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O arquivo Almada e Lencastre Bastos, depositado na Biblioteca Nacional de Portugal desde 1974, constitui um dos maiores acervos de família detidos pela instituição. Abarca cronologicamente os séculos XIV a XX e deve a sua denominação ao apelido do último proprietário, João de Almada e Lencastre Bastos, que propôs a sua venda ao Estado português.
O arquivo integra dois cartórios: o dos viscondes de Vila Nova de Souto del Rei (família Almada Melo) e o da família Pereira Forjaz Coutinho, na pessoa de Miguel Pereira Forjaz Coutinho, titulado Conde da Feira em 1820, o qual viria a falecer, sem descendência, em 1827, pelo que, cartório e bens, foram herdados pela sua irmã, Maria Joana Forjaz Coutinho, casada com o terceiro visconde de Vila Nova de Souto del Rei, João José de Almada Velho e Lencastre. Os dois cartórios mantiveram a sua individualidade, atestada pela distinção entre cotas e inventários.
Do cartório dos Viscondes de Vila Nova de Souto del Rei fazem parte os documentos produzidos, recebidos e acumulados entre os séculos XV e XX pelas famílias Almada, de Lisboa; Lopes de Carvalho, de Lisboa; Lencastre, de Lisboa; Barbosa de Lima e Cunha Velho, de Monção; Lobo, de Montemor-o-Novo; Faria, alcaides de Palmela no século XVI; Albuquerque e Sousa Coutinho, antigos emprazadores do souto del Rei, mais tarde Quinta de Souto del Rei, que deu origem ao título.
Ao segundo cartório pertencem os documentos referentes à família Pereira Forjaz Coutinho, de Lisboa, a qual incorporou os arquivos das famílias Magalhães de Meneses, senhores da Barca, e que se fixaram, já no século XIX, em Ponte de Lima; Valadares Carneiro, do Porto; Machucho, do Porto; Ferraz, do Porto e sua ligação à família Nunes Barreto, originária de Aveiro; Resende, de Coimbra; Pacheco e Furtado de Mendonça; Dantas, da Galiza; Ribeiro, morgados do Canidelo; Ferreira de Távora, do Porto e Tavares do Amaral, só para citar as que tinham estreitos laços familiares com a família Pereira Forjaz Coutinho assim como expressividade numérica a nível documental.
Todas estas famílias acima elencadas se encontravam ligadas ou por laços de parentesco por via de casamentos e linhas sucessórias ou por terem sido nomeadas testamenteiras ou administradoras de algum vínculo instituído por um elemento exterior ao núcleo familiar.
O acervo documental manteve-se na posse da família Almada e Melo até que, em 1957, João de Almada e Lencastre Bastos pretendeu vender o arquivo. Foi criada uma comissão pelo Estado português para a sua avaliação e proposta de um valor de compra. Tendo o proponente falecido em 1958, foram as suas herdeiras (a sua viúva, Maria de Lourdes dos Santos Bastos; uma tia, Isabel de Melo e uma prima, Maria José de Almada e Lencastre de Sousa Teles) que deram continuidade ao processo de venda, a qual se veio a concretizar em 1974. Em janeiro desse ano o arquivo Almada e Lencastre Bastos deu entrada na Biblioteca Nacional de Portugal.
A mostra documental é comissariada por Alice Borges Gago, do Instituto de Estudos Medievais da Universidade Nova de Lisboa.
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